Hanseníase recua no Brasil, mas é ainda elevada em algumas regiões



Dados preliminares divulgados pelo Ministério da Saúde indicam que a hanseníase pode ter atingido em 2011 o patamar mais baixo em casos por número de habitantes.
Em 2011, foi registrado 1,24 caso por 10 mil habitantes. Em 1990, a taxa era próxima de 19 por 10 mil - e não foi tão baixa como agora antes disso, afirma o governo.
O dado deve ser consolidado em março e pode subir até 15%, estima Artur Sousa, representante do Morhan (Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase) no Conselho Nacional de Saúde.
Isso encostaria a taxa na segunda menor da série (1,41, 2006). O ajuste, diz o ministério, será mínimo.
Apesar de vários indicadores apontarem para a redução da doença no país - foram 30.298 novos casos no ano passado, 15% a menos que em 2010 -, o Brasil mantém o segundo maior registro de novos casos da hanseníase, só perdendo para a Índia.
Também deve ser o único país a alcançar 2013 sem ter atingido a meta de eliminação da doença (menos de um caso por 10 mil habitantes), segundo Sousa.
Jarbas Barbosa, secretário de Vigilância Sanitária do ministério, estima que o país atinja esse patamar em 2015, com 15 anos de atraso segundo a meta da OMS (Organização Mundial da Saúde). “Atrasamos, já poderíamos estar mais avançados.”
Ele diz que o país foi conservador ao encarar a doença no início dos anos 90, sendo um dos últimos a adotar tratamento mais moderno.

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