Discovery faz seu último voo de carona em avião



RIO - Até o início do ano passado, ele era capaz de subir ao espaço, permanecer semanas na órbita da Terra e depois pousar por conta própria em uma pista parecida com a de um aeroporto. Nesta terça-feira, no entanto, o ônibus espacial Discovery teve que pegar uma "carona" nas costas de um jato 747 especialmente modificado para voar rumo a seu destino final, uma área especial de exibição no Centro Steven F. Udvar-Hazy do Instituto Smithsonian, nas proximidades de Washington.
O Discovery era o mais antigo dos ônibus espaciais que estavam a serviço da Nasa e foi o primeiro a ser oficialmente aposentado, em março de 2011. Entregue em 1983, ele fazia parte do grupo original de quatro naves reutilizáveis encomendadas pela agência espacial americana à fabricante Rockwell International e que incluía ainda o Challenger, perdido em explosão logo após lançamento em 1986; o Columbia, destruído ao reentrar na atmosfera terrestre em 2003; e o Atlantis, atualmente sendo preparado para ficar em exposição no Centro Espacial Kennedy, na Flórida. O quinto e último ônibus espacial construído, já nos anos 90, foi o Endeavour. Substituto do Challenger, o Endeavour custou US$ 1,7 bilhão na época e irá ainda este ano, também de carona no 747, para exibição no Centro de Ciências da Califórnia, em Los Angeles.
Com um total de 39 voos, o Discovery foi o ônibus espacial mais usado pela Nasa. Nos seus 27 anos de serviço, ele completou 5830 órbitas em torno da Terra, percorrendo quase 240 milhões de quilômetros em 365 dias no espaço transportando 252 astronautas. Entre suas missões mais importantes figuraram o lançamento do telescópio espacial Hubble, em 1990, e a viagem do então senador americano John Glenn em 1998 que fez dele a pessoa mais velha a ir para o espaço, aos 77 anos.

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