Petrobras: câmbio eleva pressão por reajuste de combustível



BRASÍLIA, 21 Nov (Reuters) - Um enfraquecimento maior do real frente ao dólar poderia aumentar a pressão para que o governo autorize a estatal Petrobras reajustar os preços dos combustíveis, disse nesta quarta-feira a presidente da companhia, Maria das Graças Foster.
A gigante petroleira amargou perdas de 17,3 bilhões de reais em sua unidade de abastecimento nos primeiros nove meses do ano, com o governo impedindo que os preços dos combustíveis no mercado interno oscilem em linha com as cotações internacionais.
"Se o Brent continua nos patamares que está ou se mais elevado, se houver uma depreciação do real maior do que temos hoje, nós teremos uma necessidade mais premente de aumento de combustível", afirmou a executiva.
O dólar fechou em alta de 0,69 por cento, a 2,0952 reais na venda nesta quarta-feira, mantendo-se no maior nível de fechamento desde o dia 15 de maio de 2009. No mês, a moeda norte-americana acumula alta de 3,2 por cento ante o real.
O real fraco, além de tornar as importações de combustíveis, petróleo e equipamentos mais caras, eleva os custos das dívida denominada em dólar.
Desde o final de junho, o petróleo Brent, uma referência para a Petrobras, subiu 23 por cento.
Alguns traders e analistas acreditam que o governo vai aliviar sua banda informal para o câmbio, permitindo que o real se enfraqueça para que as exportações do país fiquem mais competitivas.
Graça Foster, como a presidente da Petrobras prefere ser chamada, também destacou que, se o Brent cair, não haveria necessidade aumento. "Vamos supor que a Brent caia como caiu em 2009, não vai ter um aumento de combustível."   Continuação...

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