Consórcio de Eike ganha concessão do Maracanã


Rio (AE) - O bilionário carioca Eike Batista e a construtora Odebrecht venceram a concorrência pela concessão do Maracanã pelos próximos 35 anos. Ontem, o consórcio Maracanã S.A., formado pela empreiteira, a IMX de Eike e a norte-americana AEG, teve a sua documentação aprovada pelo governo do Rio de Janeiro, na última etapa da licitação. Agora só faltam detalhes burocráticos como a homologação do resultado e a assinatura do contrato - que o governo prometeu até a reinauguração do estádio, em 2 de junho.


Reforma do estádio para o Mundial de 2014 custou 1,127 bilhão aos cofres do governo carioca

“O resultado não poderia ter sido melhor”, comemorou o secretário estadual de Casa Civil, Régis Fichtner. No consórcio vencedor, estão nada menos que a construtora responsável pela atual reforma do Maracanã - que esta semana superou a marca de R$ 1 bilhão - e a empresa responsável pelo estudo que embasou a licitação. Foi da IMX o estudo de viabilidade econômica do Maracanã, pontapé inicial para a elaboração do edital. “Administrando o Maracanã, teremos três empresas de altíssimo nível”, completou o secretário, antes de fazer elogios individuais às três.

Pela proposta apresentada, o consórcio vai pagar R$ 5,5 milhões anualmente ao governo do Rio de Janeiro, por 33 anos, além de R$ 594 milhões nas obras no entorno, como as demolições do estádio de atletismo Célio de Barros e do parque aquático Júlio Delamare, e a construção de novos espaços de treinamento das respectivas modalidades em novo local. “Serão demolidos agora, imediatamente”, disse Fichtner, garantindo que esta será uma das primeiras medidas a ser tomada pelos novos administradores. A demolição do Delamare, no entanto, está suspensa por decisão da 9.ª Vara de Fazenda Pública da Capital, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ).O secretário de Casa Civil afirmou que “a conta” da reforma do estádio, que chegou esta semana a R$ 1,127 bilhão, “está fechada”

A concorrência para concessão do estádio à iniciativa privada foi marcada por polêmicas e protestos. O processo começou em janeiro de 2012, quando o governo abriu espaço para que as empresas interessadas fizessem o estudo de viabilidade. Só uma apareceu: a IMX. O estudo foi feito e, em outubro, o edital da licitação, lançado oficialmente em 25 de fevereiro. Das 21 empresas que fizeram  visita técnica ao estádio, seis se candidataram, divididas em dois consórcios. O perdedor na licitação, “Complexo Esportivo e Cultural do Rio”, era formado pela  OAS e a holandesa Stadion Amsterdam N.V (dona da arena do Ajax) e a francesa Lagardère Unlimited, de marketing.

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