Novas áreas de exploração de petróleo irão a leilão hoje

Rio (AE e ABr) - A Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) realiza hoje, a partir das 9h, a 11ª rodada de licitação de áreas exploratórias no Brasil, cinco anos depois da última rodada, realizada em 2008. Serão ofertados 289 blocos no país. A Bacia Potiguar - que abrange o Rio Grande do Norte e o Ceará - terá um total de 30 blocos ofertados, sendo 20 em terra e 10 em águas profundas.  O leilão será transmitido pela internet. O link estará na página da agência (www.anp.gov.br).

Dependendo do andamento, o leilão pode ser concluído no mesmo dia ou se estender até amanhã. Segundo a ANP, o horário de conclusão dos trabalhos dependerá do presidente da mesa, não havendo limite previsto.

Estão habilitadas 64 empresas para participar da rodada, que vai ofertar 123 blocos em terra e 166, no mar – 94 em águas rasas e 72 em águas profundas – distribuídos em 11 bacias sedimentares: Barreirinhas, Ceará, Espírito Santo, Foz do Amazonas, Pará-Maranhão, Parnaíba, Pernambuco-Paraíba, Potiguar, Recôncavo, Sergipe-Alagoas e Tucano Sul. Há empresas habilitadas de 18 países, dentre os quais os Estados Unidos, o Reino Unido, o Canadá, a Espanha e o Japão.

O Brasil é o país com o maior número de concorrentes. Dentre as habilitadas estão empresas em fase de crescimento, como a OGX Petróleo e Gás, a Queiroz Galvão Exploração e Produção e a PetroRecôncavo, ao lado de gigantes como a Petrobras, a Repsol Sinopec Brasil, a Shell Brasil Petróleo e a Chevron.

Protestos

A rodada motivou protestos ontem. Uma das manifestações foi encabeçada pelo sindicato de petroleiros do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ). Mais de cem manifestantes, segundo a assessoria de imprensa do Sindipetro-RJ, ocuparam o saguão de entrada da ANP, no Rio, e se espalharam pela calçada em frente à sede, com carro de som. Eles pediam para serem recebidos pela direção da agência, em manifestação para barrar a realização do leilão.

Em Brasília, cerca de 150 manifestantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Movimento Camponês Popular (MCP) e Movimento dos Atingidos por Barragem (MAB), além de quilombolas e trabalhadores da Federação Única dos Petroleiros (FUP) ocuparam o Ministério de Minas e Energia (MME), na Esplanada dos Ministérios.  Eles também protestaram contra os leilões para exploração de petróleo e privatização de barragens.

“Precisamos desde já retomar a campanha do petróleo e impedir a entrega da nossa maior riqueza. O petróleo tem de estar a serviço do pagamento da divida social com o povo brasileiro”, disse o Sindipetro-RJ, em nota.


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