Imprensa chilena vê Chile 'gigante' e sorte do Brasil na vitória


Um jogo que foi "drama", com um resultado que foi uma "injustiça", com jogadores chilenos “heróis” e vitória brasileira na base da “sorte”. Esses são alguns exemplos de como a imprensa internacional se referiu à partida entre Brasil e Chile, realizada na tarde deste sábado no Estádio do Mineirão, em Belo Horizonte, na qual os brasileiros se garantiram nas quartas de final da Copa.
Enquanto a imprensa chilena e a espanhola disseram que o Brasil venceu na sorte, a italiana classificou o jogo como empolgante. Na hora de elogiar Neymar e Júlio César, no entanto, os sites parecem ter sido unânimes.
A eliminação da seleção chilena após derrota para o Brasil, 
neste sábado, no Mineirão, recebeu tom de apoio e não de críticas na imprensa chilena.
"Brasil teve que recorrer aos pênaltis para eliminar um Chile gigante", escreveu o jornal El Mercurio, de Santiago, na manchete do seu site.
"Depois de um jogo e uma prorrogação sem vitória, o pentacampeão eliminou o Chile que fez uma partida histórica no Mineirão", disse o mesmo portal. A imprensa chilena elogiou a atuação dos jogadores e do técnico, o argentino Jorge Sampaoli.
O jornal La Tercera informou, neste sábado, antes do jogo, que Sampaoli e os jogadores da “La Roja”, como chamam a seleção chilena, sabiam que estariam "diante do maior desafio da sua carreira". O jogador chileno Arturo Vidal disse que eles tinham "lutado por um sonho" e "deixado tudo no campo" no jogo com o Brasil.
A imprensa chilena sugere que o Chile foi derrotado não por sua atuação em campo, mas por uma questão de sorte. "Chile lutou como gigante, mas perdeu nos pênaltis", informou a rádio Cooperativa.

ITÁLIA

"Entusiasmante, bela e também um tanto maluca". É assim que a imprensa italiana descreveu a partida do Brasil contra o Chile. Os jornais dizem unanimemente que os dois times poderiam ter ganhado. São também unânimes na opinião de que Hulk realmente levou a bola com o braço no gol que acabou sendo anulado.
"O Brasil treme, mas depois faz festa com Júlio César", resume o Corriere della Sera. O jornal esportivo Gazzetta dello Sport critica a tática brasileira no primeiro tempo: "em vez de atacar o Brasil esperou o Chile chegar, que é justamente o que se esperava da seleção chilena".
Essa é também a opinião do Corriere dello Sport. O diário esportivo diz que Felipe Scolari fez bem em substituir Fernandinho por Ramires, para dar mais vida ao ataque, mas que a seleção se deixou acuar muito frequentemente. O jornal, como muitos outros, destaca as inúmeras chances e também as falhas da seleção na boca do gol.
O diário Tuttosport diz que o Brasil viveu altos e baixos na partida, e que faltou precisão no ataque. A imprensa elogia Neymar, principalmente pelo pênalti: "Neymar foi de uma frieza glacial", diz o La Repubblica. "O Chile foi a revelação do mundial", diz o Tuttosport.

ESPANHA

A imprensa espanhola afirmou que a seleção brasileira "sobreviveu" ao Chile e destaca o fator "sorte" no jogo que teve como protagonista o goleiro Júlio César.
El Mundo destaca que "Júlio César e a trave espantaram outro Maracanazo", termo que remete à derrota do Brasil na Copa de 1950. Para El Periódico, a seleção brasileira se classificou "por milagre".
O jornal ABC afirma que o Brasil escapou de um "drama nacional". O diário advertiu que "o Brasil avança às quartas de final deixando mensagens muito preocupantes sobre seu futebol, ainda que isso tenha deixado de ser notícia".

Comentários

Postagens mais visitadas