Brasil chega dividido à votação do impeachment de Dilma neste domingo Alexandre Caverni e Eduardo Simões

Os dois lados têm afirmado nos últimos dias que possuem os votos necessários: o governo para barrar o impeachment e a oposição para aprovar o pedido de abertura de processo de impedimento.
A situação do governo se agravou na última semana, com a debandada de parlamentares da base aliada, como os do PP e do PSD, depois do desembarque no fim de março do PMDB, até então maior partido da coalizão governista.
O clima no Congresso parecia amplamente favorável à oposição até quinta-feira, mas entre sexta e sábado surgiram sinais de que o governo estaria conseguindo reverter alguns votos a seu favor e mesmo atraindo alguns indecisos para seu lado, tornando o desfecho da votação no domingo ainda mais incerto.
Para o impeachment ser aprovado, são necessários os votos de 342 deputados, ou dois terços da Câmara dos Deputados.
Caso a Câmara autorize a instauração de processo de impedimento de Dilma, o Senado terá de decidir se referenda a decisão dos deputados. Se o fizer, a petista será afastada temporariamente da Presidência até a conclusão de seu julgamento e será substituída pelo vice-presidente Michel Temer (PMDB).
Se o caso chegar a ser julgado pelo Senado e Dilma condenada, ela será a primeira presidente a perder o cargo desde o impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Mello, em 1992.
SEM VIDA FÁCIL
Reeleita em outubro de 2014 pela margem mais estreita desde a redemocratização do país, Dilma não teve vida fácil desde o início do atual mandato, nas searas política e econômica.

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