Obsolescência programada é a decisão do produtor de propositadamente desenvolver, fabricar, distribuir e vender um produto para consumo de forma que se torne obsoleto ou não-funcional especificamente para forçar o consumidor a comprar a nova geração do produto.

Obsolescência programada

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Obsolescência programada é a decisão do produtor de propositadamente desenvolver, fabricar, distribuir e vender um produto para consumo de forma que se torne obsoleto ou não-funcional especificamente para forçar o consumidor a comprar a nova geração do produto.^[1]

A obsolescência programada faz parte de um fenômeno industrial e mercadológico surgido nos países capitalistas nas décadas de 1930 e 1940 conhecido como "descartalização", e é totalmente nociva ao meio ambiente, sendo considerada uma estratégia não-sustentável. A obsolescência programada faz parte de uma estratégia de mercado que visa garantir um consumo constante através da insatisfação, de forma que os produtos que satisfazem as necessidades daqueles que os compram parem de funcionar ou tornem-se obsoletos em um curto espaço de tempo, tendo que ser obrigatoriamente substituídos de tempos em tempos por outros produtos mais modernos.

A obsolescência programada foi criada, na década de 1920, pelo então presidente da General Motors Alfred Sloan. Ele procurou atrair os consumidores a trocar de carro frequentemente, tendo como apelo a mudança anual de modelos e acessórios. Na tecnologia, empresas como Apple e Microsoft são comumente lembradas por adotarem essa estratégia de negócio em seus produtos e sistemas operacionais, como o iOS (Apple) e o Windows (Microsoft).^[2]

Inspirado na Centennial Bulb,^[3] lâmpada que continua em funcionamento desde 1901, o espanhol Benito Muros, da SOP (Sem Obsolescência Programada)^[4] desenvolveu uma lâmpada de longa durabilidade e recebeu ameaças por conta desta invenção.

Apple e a Obsolescência Programada, verdade ou mito?

De volta a um assunto pra lá de discutido aqui no blog, já falei sobre isso em duas oportunidades, uma quando comentava sobre o iOS 8 seguir funcionando no iPad 2 e outra quando falei sobre a surpreendente compatibilidade do iPad 2 e o iOS 9.

Agora, tempos depois, volto ao mesmo assunto controverso para comentar que o canal EverythingApplePro publicou um vídeo mostrando a diferença entre um iPhone 5 rodando o sistema original e outro iPhone 5 rodando o iOS 9.

O resultado é surpreendente, por isso quero lhe convidar para assistir até o final.

iOS 6 vs. iOS 9 – Obsolescência Programada

Adoraria ter acesso a dispositivos como este para poder fazer meus próprios testes, mas infelizmente, eu acompanho a evolução e prefiro meus aparelhos atualizados. Também, como todo mortal preciso vender dispositivos usados para comprar os novos.

Mas, tenho minha opinião um pouco diferente, baseada em minha experiência de usuário e também na satisfação de poder contar com os mesmos aplicativos funcionando no iPad 2ou iPad Pro, graças a compatibilidade do sistema.

Hoje o único iPad que podemos chamar de obsoleto é o iPad 1 de 2010, que não pode ser atualizado pra lá do iOS 5. Já o iPad 2 embora mais lento continua firme e forte, não sendo o problema da velocidade o mais questionável, é bem mais comum saber de pessoas reclamando sobre a duração da bateria, por exemplo.

Acredito e essa é minha opinião, que o iPad 2 ser suportado até hoje é uma grande vantagem para os clientes da Apple, veja bem, outras marcas simplesmente abandonam seus usuários, isso acontece muito no mundo Android já que algumas empresas não querem investir na personalização das novas versões pois gera um alto custo, sem retorno.

É possível ver no vídeo como o iPhone 5 funciona melhor no iOS 6, com uma pequena vantagem de velocidade de uma nota levemente superior no teste de benchmark.

Mas será mesmo que essa velocidade vale a pena, considerando o fato de que um iPhone com iOS 6 não posso baixar os mesmos Apps que os atualizados ao iOS 9?

Minha aposta é de que o fato dos aparelhos serem compatíveis com versões mais novas pode realmente comprometer sua velocidade (pouco é verdade), porém, permite maior compatibilidade com aplicativos e jogos atuais.

Existe outro fator chamado segurança, toda nova versão de sistema corrige falhas antigas que permitem que o aparelho seja cada vez mais seguro.

No mais, sejamos francos, estamos falando de tecnologia e a tecnologia nos dias atuais avança de forma extraordinária, em intervalos anuais de lançamentos programados. Não acredito que seja nem mesmo recomendável trocar de iPhone ou iPad todos os anos, pois realmente não vale a pena.

Mas, temos que compreender que um smartphone pode durar no máximo uns três anos, já que seu desempenho estará bastante comprometido em razão do hardware que ele tem dentro de sua carcaça, que foi fabricado em outra era da computação (sim outra era!). Sendo assim, hoje um iPhone 5S estaria curtindo seus últimos dias.

Experiência pessoal…
Vou lhes contar minha recente experiência pessoal, troquei há 15 dias um iPhone 5 por um iPhone 6S, o telefone antigo não tinha mais nenhuma possibilidade de seguir sendo utilizado, a bateria do pobre coitado não durava nem 40 minutos de uso (nas estatísticas do iOS).

A Apple Store de Madrid nos pagou €125 por ele no programa de reciclagem, tivemos portanto um belo desconto e pagamos no final somente €624. A troca foi motivada não pelo rendimento do dispositivo, que ainda era suficiente para minha exigência, mas pela duração da bateria.

Cheguei a cogitar a possibilidade de comprar uma capinha com bateria, mas teria que pagar por ela uns €80 (marca boa), só que estaria investindo em um dispositivo antigo, algo que não vale a pena.

Enfim, as pessoas tentam diabolizar a Apple pelo simples fato de não aceitarem que um smartphone é um dispositivo que tem um ciclo de vida curto, de no máximo 3 ou 4 anos. Mas isso não acontece somente com a Apple, outras marcas como Samsung, LG ou Nokia também lançam no mercado produtos com essa vida útil.

Se você dividir o custo de um iPhone 6S no Brasil pela quantidade de dias em 3 anos, você verá que está pagando R$3,65 por dia de uso do aparelho, e isso é custo Brasil mesmo, fora do país termina sendo até mais barato.

UM IPHONE 6S NOVO CUSTA HOJE R$3,65 POR DIA, ATÉ QUE FIQUE ULTRAPASSADO E O USUÁRIO TENHA NECESSIDADE DE TROCÁ-LO.

São R$3,65… o preço de uma passagem de ônibus, de um pastel ou um refrigerante. É caro? Sim, claro que um aparelho top custa caro, mas depende também da forma de você analisar. Eu tomo um refrigerante quase todo dia, se cortar esse gasto sobra para o smartphone.

O que vale mais a pena? Essa é uma escolha pessoal, meça suas prioridades e por favor, entenda que tecnologia não é eterna, nunca foi e nunca será.

Quando eu era pequeno passava o ano todo economizando para turbinar o PC no natal, juntar os presentes em dinheiro e trocar de computador, eu era uma criança (início da década de 90) e já naquela época os PCs eram trocados de ano em ano, ou pelo menos ganhavam mais memória RAM ou uma placa de vídeo nova.

Estamos no século 21 e a tecnologia avança em passos muito mais acelerados, não é no mínimo estranho as pessoas reclamarem que as coisas avançam?

Outra coisa é o fato de você não precisar trocar todo ano, como citei acima, programe-se para trocar seu smartphone a cada dois ou três anos, ignore o fato de seus amigos terem trocado seus telefones, você é o que você é, não o que você leva consigo.

É tão triste ver que pessoas trocam seus iPhones somente para dizer que possuem o último modelo, tem gente que nem sabe o que tem de novidade… outro dia uma pessoa me falou que trocou seu iPhone 6 pelo 6S, e que não tinha notado nada de diferente. Essa pessoa nem sabia que existência da tela 3D Touch, e sejamos francos, essa foi a principal novidade e realmente não muda nada para um usuário leigo.

Bom, vou terminando por aqui, um momento de reflexão, nada muito comprometido com fatos, só opinião mesmo. Respeito muito e gostaria de conhecer sua opinião sobre o assunto, utilize o espaço dos comentários para me contar o que pensa a respeito.

http://abcdoiphone.com/noticias/obsolescencia-programada-apple/